Uso excessivo de telas tem adoecido as crianças e agravado a ansiedade
Segundo levantamento da UFMG, a maioria das pesquisas comprova a relação entre a depressão nos jovens e o consumo de aparelhos eletrônicos.
O advento tecnológico de celulares, computadores e televisores proporcionou diversos avanços para a população, seja no âmbito do lazer ou profissional. Entretanto, as telas, cada vez mais presentes, têm afetado a saúde mental dos mais novos: crianças e adolescentes.
Segundo levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a maioria das pesquisas na área (72%) comprova a relação entre a depressão nos jovens e o consumo de aparelhos eletrônicos, como televisores e celulares.
Os motivos dessa relação, porém, ainda não são unanimidade. As possibilidades abrangem a ausência de um tempo de qualidade maior com familiares devido a grande minutagem gasta na tela dos aparelhos ou a comparação da própria vida com o que é exposto nas redes sociais de terceiros.
Há ainda a substituição do lúdico tradicional pelo divertimento nas telas, que prejudica as capacidades manuais, a comunicação presencial e o raciocínio rápido entre as crianças e os adolescentes.
Números do Ministério da Saúde corroboram com a relação entre as várias telas presentes no cotidiano e a depressão nos mais novos. Durante os dois primeiros meses de 2024, 11.108 crianças e adolescentes precisaram de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em função de episódios depressivos.