Presídio de Anápolis tem superlotação de 196%, aponta relatório
O presídio está entre as 19 unidades inspecionadas em Goiás durante maio e junho do ano passado.
Segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi verificada superlotação na Unidade Prisional de Anápolis. O presídio está entre as 19 unidades inspecionadas em Goiás durante maio e junho do ano passado. Dessas, 13 operavam acima da capacidade prevista.
Com capacidade para receber 285 presos, o presídio de Anápolis operava, na época, com praticamente o dobro da taxa de lotação: 196,5%. Ou seja, 560 detentos compartilhavam a estrutura, localizada na região norte da cidade.
Apenas quatro unidades, entre as analisadas, apresentavam taxas de ocupação maiores que o presídio de Anápolis: Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia (214%); Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (203%); Unidade Prisional Regional de Rio Verde (203%) e a Unidade Prisional Regional de São Luís de Montes Belos (225%).
A missão do CNJ no estado de Goiás foi realizada entre os dias 29 de maio e 2 de junho de 2023, com equipe formada por 22 magistrados e 27 servidores. O grupo percorreu 20% dos presídios do estado de Goiás, em oito cidades: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Mineiros, Rio Verde, Águas Lindas, Novo Gama, Planaltina de Goiás e Valparaíso – as quatro últimas no Entorno do DF.
À época da inspeção, Goiás tinha a oitava maior população prisional no Brasil, com 21 mil pessoas em privação de liberdade em 88 estabelecimentos. O CNJ fez vistorias semelhantes no estado do Ceará (dezembro de 2021), do Amazonas (maio de 2022) e de Pernambuco (agosto de 2022).